domingo, 2 de junho de 2024

VOCÊ TERIA CORAGEM DE BATER ESSE PÊNALTI?

cobrança de pênalti é sempre importante no futebol, quando é final de campeonato, então nem se fale. 
Dê uma boa olhada na figura, e me responda com toda sinceridade, você acha que aguentaria a pressão?
Torcida, diretoria, técnico e mais um monte de gente, todos alucinados dentro do campo.
Imagine o que aquele jogador que iria cobrar a penalidade máxima não ouviu, ou sentiu, enquanto esperava a autorização do juizão para partir para a bola?
Se a importância do chute não era a mesma que, por exemplo, uma final de Campeonato Brasileiro, a pressão exercida sobre ele naquele momento era certamente bem parecida.

Bater pênalti na várzea tem pressão de Copa do Mundo!
Para quem não vive o mundo do futebol de várzea, essa frase pode parecer absurda. Mas uma final de campeonato ou de um torneio de várzea, envolve o orgulho da comunidade, que “fez o corre” para comprar o uniforme, para o time poder entrar em campo, é o momento que define o esforço de jogadores, torcida e diretores, que muitas vezes deixaram a família em casa para correr debaixo do sol quente, representando as quebradas onde nasceram, e isso vale muito a pena. Sendo uma responsabilidade muito grande para o boleiro que pede passagem, ou é escolhido para a cobrança.

Nos inúmeros torneios em que disputei pela nossa região, dificilmente não acontecia esse fenômeno de a torcida se amontoar em volta da trave, em que iria ser realizada a cobrança dos pênaltis. Realmente a pressão era muito grande, muitas vezes vi boleiros chorando após serem escolhidos pelo técnico.
Porém eu via uma vantagem para o jogador que iria fazer a cobrança, não que eu não ficava perturbado também, quando era escolhido nessa situação. Mas como o povo fazia uma espécie de funil em volta da trave, a visão era plena do gol.
Então caso você conseguisse passar ileso pelo "corredor polonês", que era formado um pouco antes da bola, na região do impulso, as chances de converter a batida eram ótimas.

Mas caso chegasse na bola mentalmente perturbado, devido aos xingos e provocações, ou você mandava a bola na Lua, por cima da trave quis dizer, ou então em cima do goleirão. Naquele momento da amargura, sua única preocupação era não acertar uma bolada em algum dos malucos que estavam ali no pé da trave.

TEXTO: PAULO CESAR - PC

"Minhas divertidas aventuras pelo mundo do futebol de várzea, aquele que amamos chamar de arranca toco, quebra dedo, entre outros".


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