terça-feira, 11 de agosto de 2020

REPRESA DO SETE FUTEBOL CLUBE

Se você olhar a foto abaixo com bastante atenção, ou dar um zoom, vai notar uma velha trave de futebol já bem corroída pela ação do tempo, lá no meio do pasto quase todo encoberto pelo vasto matagal. Caso também algum dia for visitar a represa do Balneário 7 de Setembro e quiser conferir, fica do lado oposto, ou seja do outro lado da estrada que margeia a dita represa.


Pois bem, essa trave toda enferrujada que ai se encontra fincada no solo, passivamente a espera de que um belo dia volte a ser reutilizada, é a prova viva de que um dia, há muito tempo, a Represa do Sete teve um time de futebol.
Nesse local ai é onde era o campo de futebol do time local, um autêntico campo de várzea raiz, todo feito dentro de um brejão. Infelizmente não tive a felicidade de ter jogado nenhuma vez nesse campo, contra o time brejeiro do Sete de Setembro, digo time brejeiro, pois como disse o campo não beirava o brejo, era literalmente dentro dele.

Como disse, nunca tive prazer de ter jogado ai nenhuma vez, mas lembro bem do campo em atividade, pois aos domingos à tarde quando ia dar um mergulho na represa, ou quando o time em que eu jogava na época, iria fazer algum amistoso ali pelos bairros da região, como Dom Quixote, Pilar, Atali, entre outros, passávamos em frente do campo e podíamos ver a intensa movimentação de boleiros e torcedores.


Local onde era o campo de futebol da represa do Sete de Setembro

O campo dos caras era um autênticos arranca toco raiz, pois contava com todos os requisitos, pois além da tradicional grama com imperfeições, e de ser dentro do brejo, ainda tinha outros componentes charmosos, que só encontramos nesse tipo de campo de futebol.

Apesar de todas essas qualidades, que o toraram o mais raiz da região, na minha opinião, ele não tinha inclinação, era totalmente plano, e por isso facilitava para a bola correr sem muita dificuldade. Como todo time da zona da rural daquela época, a equipe do Sete de Setembro era difícil de ser batida em casa, segundo um amigo que disse ter jogado pros caras.

Aliás naquele tempo qualquer time da zona rural sempre era difícil de ser batido dentro de seus domínios, pois além de formarem bons times de futebol, o qual era o orgulho da comunidade, tinha a torcida apaixonada que pressionava, além disso tinha o juizão do jogo, que na regra era uma pessoal local, e sempre usava o famoso, na dúvida é da casa.

Apesar de toda a limitação no piso do nosso “Brejo Camp”, ele fez muito boleiro feliz, sendo assim cumpriu com méritos sua função social, para qual foi feito. Em tempo, esse nome “Brejo Camp” não é oficial, sendo apenas uma invenção por minha parte.

Texto:
Paulo Cesar - PC
"Minhas divertidas aventuras pelo mundo do futebol de várzea, aquele que adoramos chamar de quebra dedo, arranca toco, racha canela, e entre outros".

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